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A EXPULSÃO DE UM MISSIONÁRIO “TAPUITINGA” DA AMAZÔNIA POMBALINA: A CARTA-ÂNUA DO PADRE LOURENÇO KAULEN (1755-1756)* * O processo de construção desse artigo se deu da seguinte forma: a introdução foi redigida em conjunto por Karl Arenz e Gabriel Prudente. Ambos os autores fizeram também a transcrição da fonte manuscrita. A tradução do latim para o português foi feita por Karl Arenz e revisada por Gabriel Prudente. Todas as obras e todos os documentos utilizados na pesquisa e na elaboração do artigo são citados nas notas e na bibliografia.

THE EXPULSION OF A “TAPUTINGA” MISSIONARY FROM POMBAL’S AMAZON: THE ANNUAL LETTER OF FATHER LOURENÇO KAULEN (1755-1756)

Resumo

Em 1756, um ano após a promulgação das primeiras leis reformadoras do futuro Marquês de Pombal para a Amazônia portuguesa, o jesuíta Lourenço Kaulen redigiu, enquanto missionário da aldeia de Piraguiri no rio Xingu, uma carta-ânua. Nela, além das atividades pastorais regulares, ele descreveu sua expulsão violenta da missão. Integrante do grupo de padres “tapuitinga”, ou centro-europeus, que vieram no início da década de 1750, Kaulen é um dos primeiros religiosos a ser acusado de desobediência à nova legislação. A carta-ânua, além de relatar o precário cotidiano numa missão remota no interior amazônico, constitui uma das primeiras referências a uma ação antijesuítica que, por sinal, contou com a implicação direta dos neófitos indígenas.

Palavras-chave
Companhia de Jesus; Padres “tapuitinga”; Amazônia colonial; Política pombalina; Escrita missionária

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