Acessibilidade / Reportar erro

Evidences against a significant role of Mus musculus as natural host for Angiostrongylus costaricensis

Evidências contrárias a um papel significativo de Mus musculus como hospedeiro natural do Angiostrongylus costaricensis

Abstracts

Wild rodents have been described as the most important hosts for Angiostrongylus costaricensis in Central America and southern Brazil. Sinantropic rodents apparently do not play a significant role as natural hosts. A search for natural infection failed to document worms in 14 mice captured in the house of a patient with diagnosis of abdominal angiostrongylosis and experimental infection of a "wild" Mus musculus strain and groups of albino Swiss mice were carried out. Mortality was not significantly different and varied from 42% to 80% for Swiss mice and from 26% to 80% for "wild" mice. The high mortality of a "wild" M. musculus infected with A. costaricensis was very similar to what is observed with most laboratory mice strains. These data may be taken as indications that M. musculus is not a well adapted host for A. costaricensis, although susceptibility was apparently higher with "wild" populations of M. musculus as compared to Swiss strain.

Angiostrongylus costaricensis; Mus musculus; Angiostrongylosis


Roedores silvestres tem sido descritos como os hospedeiros mais importantes do Angiostrongylus costaricensis na América Central e no Brasil. Roedores sinantrópicos aparentemente não desempenham um papel significativo como hospedeiros naturais. Relata-se a pesquisa negativa para infecção em 14 camundongos capturados na casa de um doente com diagnóstico de angiostrongilose abdominal e dados da infecção experimental de animais de uma cepa "natural" de Mus musculus e de camundongos albinos Swiss. Não houve diferença significativa de mortalidade, que variou entre 42% e 80% para a cepa Swiss e 26% e 80% para a cepa " natural" (RGS). A alta mortalidade dos camundongos RGS infectados com A. costaricensis foi semelhante ao que é observado com várias cepas de laboratório. Estes dados podem ser tornados como indicações de que Mus musculus não é hospedeiro bem adaptado ao A. costaricensis, embora a susceptibilidade de camundongos "naturais" pareça ser maior, quando comparados com a cepa Swiss.


PARASOTOLOGY

Evidences against a significant role of Mus musculus as natural host for Angiostrongylus costaricensis

Evidências contrárias a um papel significativo de Mus musculus como hospedeiro natural do Angiostrongylus costaricensis

Fernanda Teixeira dos Santos; Viviane M. Pinto; Carlos Graeff-Teixeira

Laboratório de Parasilologia, Dept. Ciências Microbiológicas e Curso de Pós-Graduação em Biociências (Zoologia), Inslitulo de Biociências, PUCRS, Porto Alegre, RS, Brazil

Correspondence to Correspondence to: Dr. C. Graeff-Teixeira Rua Marquês do Pombal 799/801 90540-010 Porto Alegre, RS, Brazil

SUMMARY

Wild rodents have been described as the most important hosts for Angiostrongylus costaricensis in Central America and southern Brazil. Sinantropic rodents apparently do not play a significant role as natural hosts. A search for natural infection failed to document worms in 14 mice captured in the house of a patient with diagnosis of abdominal angiostrongylosis and experimental infection of a "wild" Mus musculus strain and groups of albino Swiss mice were carried out. Mortality was not significantly different and varied from 42% to 80% for Swiss mice and from 26% to 80% for "wild" mice. The high mortality of a "wild" M. musculus infected with A. costaricensis was very similar to what is observed with most laboratory mice strains. These data may be taken as indications that M. musculus is not a well adapted host for A. costaricensis, although susceptibility was apparently higher with "wild" populations of M. musculus as compared to Swiss strain.

Keywords:Angiostrongylus costaricensis; Mus musculus; Angiostrongylosis.

RESUMO

Roedores silvestres tem sido descritos como os hospedeiros mais importantes do Angiostrongylus costaricensis na América Central e no Brasil. Roedores sinantrópicos aparentemente não desempenham um papel significativo como hospedeiros naturais. Relata-se a pesquisa negativa para infecção em 14 camundongos capturados na casa de um doente com diagnóstico de angiostrongilose abdominal e dados da infecção experimental de animais de uma cepa "natural" de Mus musculus e de camundongos albinos Swiss. Não houve diferença significativa de mortalidade, que variou entre 42% e 80% para a cepa Swiss e 26% e 80% para a cepa " natural" (RGS). A alta mortalidade dos camundongos RGS infectados com A. costaricensis foi semelhante ao que é observado com várias cepas de laboratório. Estes dados podem ser tornados como indicações de que Mus musculus não é hospedeiro bem adaptado ao A. costaricensis, embora a susceptibilidade de camundongos "naturais" pareça ser maior, quando comparados com a cepa Swiss.

Full text available only in PDF format.

Texto completo disponível apenas em PDF.

ACKNOWLEDGEMENTS

To Eva Medeiros for technical assistance. Idiomar Cavali for local support at Macegal. The authors are recipients of fellowships: CNPq Pesq 2B (C. Graeff-Teixeira) and FAPERGS BIC (V.M. Pinto & F.T. Santos). Infra-structural support was provided by Institute de Patologia de Passo Fundo (Dr. A.A. Agostini), Universidade de Passo Fundo and PUCRS.

Recebido para publicação em 11/01/1996

Aceito para pubicação em 11/06/1996

Financial support from CNPq (500893.92-6) FAPERGS (BIC) and PUCRS.

  • 1. AGOSTINI, A.A.; MARCOLAN, A.M.; LISOT, J.M.C. & LISTO, J.U.F. - Angiostrongilíase abdominal. Estudo anátomo-patológico de quatro casos observados no Rio Grande do Sul, Brasil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 79: 443-445, 1984.
  • 2. AYALA, M.A.R. - Angiostrongiloidose abdominal nos Estados do Paraná e Santa Catarina: apresentaçăo de cinco casos e revisăo da literatura. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 82: 29-36, 1987.
  • 3. DEMO, O.J. & PESSAT, O.A.N. - Angiostrongilosis abdominal. Primer caso humano encontrado em Argentina. Pren. méd. argent., 73: 732-738, 1986.
  • 4. GARNIK, E. - Parasite virulence and parasite-host coevolution: a reappraisal. J. Parasit., 78: 381-386, 1992.
  • 5. GRAEFF-TEIXEIRA, C.; AVILA-PIRES, F.D.; MACHADO, R.C.C. et al. - Identificaçăo de roedores silvestres como hospedeiros do Angiostrongylus costaricensis no sul do Brasil. Rev. Inst. Med. trop. S. Paulo, 32: 147-150, 1989.
  • 6. GRAEFF-TEIXEIRA, C.; THIENGO, S.C.; THOMÉ, J.W. et al. - On the diversity of mollusc intermediate hosts of Angiostrongylus costaricensis Morera & Céspedes, 1971 in southern Brazil. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 88: 487-489, 1993.
  • 7. GRAEFF-TEIXEIRA, C.; RICHINITTI, L.M.Z.; AGOSTINI, A.A. & THOMÉ, J.W. - Epidemiological importance of several intermediate hosts of Angiostrongylus costaricensis Morera & Céspedes, 1971. Report on a prevalence study in an urban focus of transmission in southern Brazil. Submitted for publication in J. med. appl. Malacol., 1995.
  • 8. ISHII, A.I. & SANO, M. - Strain-dependent differences in susceptibility of mice to experimental Angiostrongylus costaricensis infection. J. Helminth., 63: 302-306, 1989.
  • 9. MENTZ, J.P.; DALVESCO, J.A.; AGOSTINI, A.A. & BONADEO, N.M. - Manifestaçőes de comprometimento hepático na angiostrongilíase abdominal e diagnóstico pelo encontro dos ovos do parasita. Rev. Ass. méd. Rio Gr. Sul, 37: 289-290, 1993.
  • 10. MORERA, P. Investigation del huésped definitivo de Angiostrongylus costaricensis Morera y Céspedes, 1971. Bol. chil. Parasit., 3-4: 133-134, 1970.
  • 11. MORERA, P. Life history and redescription of Angiostrongylus costaricensis Morera and Céspedes, 1971. Amer. J. trop. Med. Hyg., 22: 613-621, 1973.
  • 12. MORERA, P. Angiostrongyliasis abdominal: transmision y observaciones sobre su posible control. In: CONTROL Y ERRADICACIÓN DE ENFERMEDADES INFECCIOSAS: UN SIMPOSIO INTERNACIONAL OMS/OPS, 1985. p. 230-235. (Série de copublicaciones de la OPS nş 1.)
  • 13. MOTA, E.M. & LENZI, H.L. Angiostrongylus costaricensis life cycle: a new proposal. Mem. Inst. Oswaldo Cruz, 90: 707-709, 1995.
  • 14. NOWAK, R.M. & PARADISO, J.L. Walker's mammals of the world. 4.ed. Baltimore, Johns Hopkins University Press, 1983. v. 2, p. 612.
  • 15. TESH, R.B.; ACKERMAN, L.J.; DIETZ, W.H. & WILLIAMS, J.A. Angiostrongylus costaricensis in Panama. Prevalence and pathological findings in wild rodents infected with the parasite. Amer. J. trop. Med. Hyg., 27: 348-356, 1973.
  • 16. UBELAKER, J.E. & HALL, N.M. - First report of Angiostrongylus costaricensis Morera and Céspedes, 1971 in the United States. J. Parasit., 65: 307, 1979.
  • 17. ZAVALA-VELÁZQUES, J.; RAMÍREZ-BAQUEDANO, W.; REYES-PÉREZ, A. & BATES-FLORES, M. Angiostrongilosis costaricensis primeros casos mexicanos. Rev. Invest, clín., 26: 389-394, 1974.
  • Correspondence to:

    Dr. C. Graeff-Teixeira
    Rua Marquês do Pombal 799/801
    90540-010 Porto Alegre, RS, Brazil
  • Publication Dates

    • Publication in this collection
      22 Sept 2006
    • Date of issue
      June 1996

    History

    • Accepted
      11 June 1996
    • Received
      11 Jan 1996
    Instituto de Medicina Tropical de São Paulo Av. Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 470, 05403-000 - São Paulo - SP - Brazil, Tel. +55 11 3061-7005 - São Paulo - SP - Brazil
    E-mail: revimtsp@usp.br