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Mortes por homicídios: série histórica1 1 Artigo extraído da tese de Doutorado "Padrões espaciais dos homicídios associados ao Indicador Adaptado de Condição de Vida no município de Itabuna - Bahia", apresentada à Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Centro Colaborador da OMS para o Desenvolvimento da Pesquisa em Enfermagem, Ribeirão Preto, SP, Brasil

OBJETIVO:

descrever a mortalidade por homicídios em Itabuna, Bahia.

MÉTODO:

estudo com delineamento híbrido, ecológico e de tendência temporal. Foram calculados os coeficientes de mortalidade por 1.000 habitantes, ajustados pela técnica direta, mortalidade proporcional segundo sexo e faixa etária e anos potenciais de vida perdidos.

RESULTADOS:

desde 2005 as causas externas passaram de terceira para segunda causa de morte, sendo os homicídios responsáveis pelo incremento. Nos 13 anos analisados, os homicídios ascenderam 203%, com 94% desses óbitos incidindo na população masculina. Entre essa, o crescimento se deu principalmente na faixa etária de 15 a 29 anos de idade. Apurou-se que 83% das mortes foram por arma de fogo, 57,2% ocorreram em via pública e 98,4% na zona urbana. Em 2012, os 173 homicídios ocasionaram 7.837 anos potenciais de vida perdidos, com cada óbito provocando, em média, a perda de 45,3 anos.

CONCLUSÕES:

a mortalidade por homicídios em uma cidade de médio porte, na Bahia, atinge índices observados nas grandes metrópoles do país na década 1980, evidenciando que o fenômeno da criminalidade violenta - antes predominante apenas nos grandes centros urbanos - avança para o interior, provocando mudanças no mapa da violência homicida do país.

Homicídio; Mortalidade; Violência


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