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O desconforto e inquietação do sujeito em seu movimento de interpretação de um questionário sobre a tuberculose

OBJETIVO:

propor uma discussão a respeito de vestígios da derivação de sentidos, do desconforto e resistência dos sujeitos, quando convocados a significar um questionário referente à transferência da política do tratamento diretamente observado da tuberculose, de modo a revelar as limitações de questionários fechados, quando se trata do processo interpretativo do sujeito.

MÉTODO:

profissionais de saúde de uma Unidade de Atenção Primária de Saúde de Porto Alegre, RS, foram entrevistados e alguns recortes das entrevistas examinados à luz da Análise de Discurso de linha francesa.

RESULTADOS:

observou-se a resistência, o incômodo, o deslizamento, o silenciamento e a derivação dos sentidos no ato de interpretação dos sujeitos.

CONCLUSÃO:

o processo de interpretação é polissêmico e varia de sujeito para sujeito. O questionário, enquanto um protótipo do universo logicamente estabilizado, falha quando o propósito é o de controlar a interpretação. O seu uso de forma isolada, em pesquisas em saúde, pode incorrer em inexatidão ou incompletude dos dados obtidos, sendo ideal a sua utilização associada a técnicas qualitativas de pesquisa.

Semântica; Tuberculose; Profissional de Saúde


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