Objetivo: comparar os desfechos assistenciais maternos e neonatais com a paridade das mulheres e descrever a morbimortalidade neonatal de bebês de mulheres que foram internadas em trabalho de parto.
Método: estudo transversal com 3.397 mulheres admitidas para parto em Centro de Parto Normal peri-hospitalar e seus recém-nascidos. A variável de exposição foi paridade e os desfechos foram uso de ocitocina e amniotomia, tipo de parto, condição perineal, hemorragia pós-parto, transferências maternas e neonatais e internação do recém-nascido em unidades de cuidados intensivos ou intermediários (UTINeo/UCINeo). Os dados foram analisados descritivamente e por regressão logística.
Resultados: a primiparidade associou-se a maior chance de receber ocitocina e amniotomia, ser transferida intraparto, ter laceração de 2º grau, episiotomia, hemorragia pós-parto, cesariana e fórcipe e ter o recém-nascido internado em UTINeo ou ICINeo. Os partos ocorreram, principalmente, nas posições semissentada e verticalizadas, na cama e na banheira. A taxa de transferência materna foi de 21,8% e a neonatal foi de 3,3%.
Conclusão: a primiparidade é preditora para as intervenções analisadas e para desfechos maternos e neonatais indesejáveis. No entanto, o Centro de Parto Normal peri-hospitalar estudado pode ser considerado seguro para mulheres de risco habitual parirem.
Descritores:
Centros de Assistência à Gravidez e ao Parto; Local do Parto; Enfermagem Obstétrica; Avaliação de Resultados em Cuidados de Saúde; Estudos Transversais; Parto
Destaques:
(1) O CPNp é seguro para o atendimento de mulheres de risco habitual e seus bebês. (2) Primíparas têm maior chance de receber ocitocina e amniotomia do que multíparas. (3) Primíparas têm maior chance de transferência intraparto do que multíparas. (4) Primíparas têm maior chance de trauma perineal do que multíparas. (5) Primíparas têm maior chance de parto com fórceps e cesariana do que multíparas.
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