Acessibilidade / Reportar erro

O raciocínio psicofarmacológico na prática psiquiátrica

Resumos

O saber na psiquiatria farmacológica é fundamentalmente empírico, devido à falta de causalidade entre os efeitos bioquímicos dos psicofármacos e as respostas psicopatológicas observadas nos pacientes. Pela necessidade de evitar associação excessiva de medicamentos e de buscar conceitos práticos para estratégias terapêuticas, um entendimento sintético é necessário. Isto é possível raciocinando-se topologicamente, usando-se um sistema de três eixos conceituais, onde as ações dos antidepressivos, dos antipsicóticos e dos estabilizadores de humor são representadas espacialmente e assim inter-relacionadas.

Psicofármacos; interação medicamentosa; prescrição médica; farmacodinâmica


El conocimiento en psiquiatría farmacológica es básicamente empírico debido a la falta de causalidad entre los efectos bioquímicos de los psicofármacos y las respuestas psicopatológicas observadas en los pacientes. Para evitar prescribir asociaciones excesivas de psicoactivos y buscar conceptos prácticos para estrategias terapéuticas se proponen tres ejes equidistantes donde las acciones de los antidepresivos, los antipsicóticos y de los estabilizadores del humor se arreglan espacialmente y así se relacionan.

Psicofármacos; interacción medicamentosa; prescripción médica; farmacodinamica


La connaissance en psychiatrie pharmacologique est surtout empirique à cause du manque de la causalité entre les effets biochimiques des médicaments psychotropes et les réponses psychopathologiques observées dans les patients. Pour éviter les associations excessives entre ces médicaments et pour pouvoir développer des concepts pratiques pour les stratégies thérapeutiques, on propose trois axes équidistants où les actions des antidépresseurs, des antipsychotiques et des stabilisateurs de l’humeur sont spatialement étalées et mises en rapport.

Médicaments psychotropes; interaction médicamenteuse; prescription médique; pharmacodynamie


Knowledge in pharmacological psychiatry is basically empirical, due to the lack of clear causality between the biochemical effects of psycho pharmaceutical products and the psychopathological responses of the patients. In order to avoid prescribing excess drugs and to search for practical concepts for therapeutic strategies, three equidistant areas are presented where antidepressant drugs, antipsychotic drugs, and mood stabilizers are arranged spatially and thus related to one another.

Psychiatric drugs; drug interactions; medical prescription; pharmacodynamics


Texto completo disponível apenas em PDF.

Referências

  • BASSIT, Wiliam et al. Caos, Fractal e Psiquiatria. Temas São Paulo, v. XXII, n. 44, p. 161170, jul./dez. 1992.
  • BENNETT, Maxwell R. e HACKER, Peter M. S. Philosophical Foundations of Neuroscience Padstow: Blackwell Publishing, 2003.
  • DENIKER, Pierre. Psychopharmacologie et Pharmaco-psychiatrie. Confrontations Psychiatriques, Paris, n. 9, p. 9-29, 1972.
  • EISENDRATH, Stuart J. Psychiatric problems. In: BONGARD, Frederic S. e SUE, Darryl Y. Current Critical care Diagnosis and Treatment Londres: Prentice Hall International, 1994.
  • GHAEMI, S Nassir. The Concepts of Psychiatry: A Pluralistic Approach to the Mind and Mental Illness. Baltimore: The Johns Hopkins University, 2003.
  • GENTSCH, Conrad. Preclinical research in psychopharmachology. In: SPIEGEL, René. Psychopharmacology an Introduction Chichester: John Wiley & Sons, 2003.
  • GUZ, Isac. Terapêutica biológica nos distúrbios mentais São Paulo: Artes Médicas, 1974.
  • KUHN, Roland. Psicofarmacologia e análise existencial. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, v. VIII, n. 2, p. 221-2, jun./2005.
  • LAFER, Beny. Novos antidepressivos e estabilizadores de humor. Simpósio Internacional O futuro da Neuropsiquiatria, São Paulo, mar. 1998.
  • LARA, Diogo. O modelo de medo e raiva para os transtornos de humor, do comportamento e da personalidade Porto Alegre: Revolução de Idéias e Editorial, 2006.
  • MARDER, Stephen R. Medicações antipsicóticas. In: Schatzberg, Alan F. e NEMEROFF, Charles B. Fundamentos de psicofarmacologia clínica Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.
  • MOIZESZOWICZ, Julio e MOIZESZOWICZ, Mirta. Psicofarmacología y territorio freudiano: teoría y clínica de un abordaje interdisciplinario. Buenos Aires: Paidós, 2000.
  • OSTOW, Mortimer. Method and madness: a critique of current methodology in psychiatric drug research. Journal of clinical pharmacology, v. 5, n. 1, p. 3-8, jan./fev. 1965.
  • PEARS, David. As idéias de Wittgenstein São Paulo: Cultrix, 1973.
  • PÖLDINGER, Walter. Compêndio de psicofarmacologia Basiléia: F. Hoffman-La Roch & Cie, 1968.
  • SONENREICH, Carol e KERR-CORRÊA, Florence. Escolhas do psiquiatra: saber e carisma. São Paulo: Manole, 1985.
  • SONENREICH, Carol et al. Debates sobre o conceito de doenças afetivas São Paulo: Manole, 1991.
  • SONENREICH, Carol et al. Psiquiatria: propostas, notas, comentários. São Paulo: Lemos, 1999.
  • SPIEGEL, René. Modern psychopharmaceuticals. In: Psychopharmacology an introduction Chichester: John Wiley & Sons, 2003a.
  • SPIEGEL, René. Effect of psychotropic medication on healthy subjects. In: Psychopharmacology an introduction Chichester: John Wiley & Sons, 2003b.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Jul-Sep 2007

Histórico

  • Recebido
    Maio 2007
  • Aceito
    Jul 2007
Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental Av. Onze de Junho, 1070, conj. 804, 04041-004 São Paulo, SP - Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretaria.auppf@gmail.com