Acessibilidade / Reportar erro

Esperança não é esperar, é caminhar. Reflexões filosóficas sobre a esperança e suas ressonâncias na teoria e clínica psicanalíticas

Resumos

Depois de uma breve introdução na qual são definidos o objetivo e o roteiro do artigo, o autor comenta, na primeira parte, dois fragmentos de Heráclito de Éfeso, como ponto de partida para uma abordagem filosófica da esperança, e, em seguida, define seu papel e função na dinâmica da temporalidade humana. Na segunda parte, são discutidas as possíveis ressonâncias desta visão filosófica da esperança sobre a questão dos ideais, o trabalho do luto e da melancolia, bem como seu papel no tratamento analítico dos assim chamados “clientes sem esperança”.

Esperança; temporalidade humana; luto; melancolia; pacientes sem esperança


Después de una breve introducción en la que se definen el objetivo y el plan del artículo, el autor comenta en la primera parte, dos fragmentos de Heráclito de Éfeso, como punto de partida para un enfoque filosófico de la esperanza; a seguir, define su papel y función en la dinámica de la temporalidad humana. En la segunda parte discute las posibles resonancias de esta visión filosófica de la esperanza sobre la cuestión de los ideales, el trabajo del luto y de la melancolía, así como su papel en el tratamiento psicoanalítico de los llamados “clientes sin esperanza”.

Esperanza; temporalidad humana; luto; melancolía; clientes sin esperanza


Après une brève introduction dans laquelle sont definis le propos et la méthodologie de l ´article, l ´auteur commente, dans la première partie, deux fragments d´Héraclite d´Éphèse, comme le point de depart d´une approche philosophique de l´espérance; ensuite, il définit le role et la foction de l´espérance dans la dynamique de la temporalité humaine. Dans la deuxième partie, sont discutées les resonances de cette approche philosophique de l´espérance sur la question des ideaux, le travail du deuil et de la mélancolie, aussi bien que son rôle dans le traitement analytique des clients dits “clients sans espérance”.

Espérance; temporalité humaine; deuil; mélancolie; clients sans espérance


After a brief introduction, where the objective and outline of this article are defined, the author comments on two fragments from Heraclites of Ephesus as the beginning of a philosophical approach to hope. The role and function of hope are them defined in the dynamics of human temporality. In the second part, the possible resonances of this philosophical perspective of hope on the question of ideals are discussed, along with the processes of mourning and melancholia, and their role in analytical treatment of those patients described as “hopeless.”

Hope; human temporality; mourning; melancholia; hopeless patients


Texto completo disponível apenas em PDF.

Referências

  • ARENDT, Hannah.Sobre a violência Trad. e ensaio crítico de André Duarte. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.
  • COULANGES, Fustel de. A cidade antiga Trad. de Jean Melville. São Paulo: Martin Claret, 2002.
  • DA POAIN, Carmen. O desamparo e a questão dos ideais. Desamparo. Cadernos de Psicanálise, Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro, ano 20, n. 12, p. 133-40, 1998.
  • DIELS, Hermann. Die Fragmente der Vorsokratiker Rowohlt Hamburg, 1957.
  • FIGUEIREDO, Luis Cláudio. O paciente sem esperança e a recusa da utopia. In: Psicanálise. Elementos para a clínica contemporânea São Paulo: Escuta, 2003. p. 157-89.
  • FREUD, S. (1910). Die zukünftigen Chancen der psychoanalytischen Therapie Studienausgabe (SA). Ergänzungsband. Frankfurt am Main: Fischer Tagensbuch Verlag, 1982.
  • FREUD, S. (1914). Zur Einführung des Narzissmus SA. Band III. S. 37.
  • FREUD, S. (1915). Zeitgemässes über Krieg und Tod SA. Band IX, S. 33.
  • FREUD, S. (1917). Trauer und Melancholie SA. Band III, S. 193.
  • FREUD, S. (1927). Die Zukfunt einer Illusion SA. Band IX, S. 189.
  • FREUD, S. (1930). Das Unbehagen in der Kultur SA. Band IX, S. 191.
  • FREUD, S. (1933). Warum Krieg? SA. Band IX, S. 271.
  • HEIDEGGER, Martin. Ser e tempoTrad. de M. Márcia Cavalcanti. Petrópolis: Vozes, 1999.
  • NUNES, Benedito. Heidegger ser & tempo Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.
  • POTAMANIOU, Anna. Un bouclier dans l’économie des états-limites: l’éspoir. Paris: PUF, 1992.
  • RICOEUR, Paul. Liberte selon l’Éspérance. In: Le conflit des interprétations. Éssais d’hermenéutique. Paris: Édition du Seuil, 1969. p. 393.
  • ROCHA, Zeferino. Transferência e criatividade no tempo da análise. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, ano VI, n. 4, p. 80-101, dez./2003.
  • SAINT-Exupéry, Antoine de. Le petit prince Paris: Gallimard, 1953.
  • SCHÜLLER, Donaldo. Heráclito e seu (dis)curso. Porto Alegre: L&PM, 2000.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    Apr-Jun 2007

Histórico

  • Recebido
    Mar 2006
  • Aceito
    Set 2006
Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental Av. Onze de Junho, 1070, conj. 804, 04041-004 São Paulo, SP - Brasil - São Paulo - SP - Brazil
E-mail: secretaria.auppf@gmail.com