OBJETIVO:
Identificar a prevalência de anemia em crianças menores de 60 meses e seus fatores condicionantes, em Minas Gerais.
MÉTODOS:
Estudo transversal com amostra probabilística de 725 crianças menores de 60 meses de idade, de ambos os sexos, realizado entre fevereiro de 2007 e julho de 2008, em Minas Gerais. Por meio de inquérito domiciliar aplicado aos responsáveis pelas crianças, foram obtidas informações sobre as condições socioeconômicas, demográficas e situação de segurança alimentar, bem como obtidas as medidas antropométricas. A dosagem de hemoglobina foi analisada em hemoglobinômetro portátil, considerando-se como anemia valor <11,0 g/ dL. A análise estatística estimou a prevalência da anemia e sua associação com condições socioeconômicas, demográficas e segurança alimentar. O modelo foi ajustado por regressão logística multivariada. Adotou-se p<0,05 como nível crítico para definir significância estatística.
RESULTADOS:
A prevalência de anemia foi de 37,4%. A maior prevalência ocorreu na faixa etária de 6 a 24 meses (43,0%). As variáveis associadas foram: sexo feminino (RP=1,43; p<0,026); idade (RP=1,53; p<0,024) e não frequentar creche (RP=2,41; p<0,001). No modelo de regressão multivariada, permaneceram as variáveis sexo feminino e não frequentar creche.
CONCLUSÃO:
O presente estudo, de base populacional, mostrou que em Minas Gerais um terço das crianças (37,5%) com menos de 60 meses de idade apresentava anemia ferropriva. Os resultados revelaram que não frequentar creche e ser do sexo feminino configuram situações de risco à ocorrência de anemia.
Anemia ferropriva; Segurança alimentar e nutricional; Prevalência; Fatores de risco