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PREVALÊNCIA DE RESISTÊNCIA À INSULINA E ASSOCIAÇÃO COM FATORES DE RISCO METABÓLICOS E CONSUMO ALIMENTAR DE ADOLESCENTES - RECIFE/BRASIL

RESUMO

Objetivo:

Identificar a prevalência de resistência à insulina em adolescentes e verificar sua associação com variáveis metabólicas e com o consumo alimentar.

Métodos:

Estudo transversal, de base escolar, com amostra do tipo estratificada e complexa. Os indivíduos analisados foram adolescentes (n=1.081) participantes do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (ERICA) na cidade de Recife (Pernambuco, Brasil). Foram coletadas variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais, antropométricas, bioquímicas e do consumo alimentar. A resistência à insulina foi definida como HOMA-IR>percentil 75. Análises de regressão de Poisson com ajuste robusto da variância foram empregadas, sendo identificadas associações estatisticamente significativas quando p≤0,05.

Resultados:

A idade mediana foi de 14 anos (intervalo interquartílico=13-16) e a resistência à insulina foi evidenciada em 25,3% da amostra. As variáveis que se associaram significativamente com a resistência à insulina no modelo final foram a faixa etária, o índice de massa corpórea por idade (IMC/I), marcadores bioquímicos (triglicerídeos e HDL-colesterol) e o consumo alimentar de gordura saturada, observando-se maior prevalência da resistência à insulina naqueles indivíduos que apresentaram a ingestão deste tipo de gordura abaixo da mediana da própria distribuição.

Conclusões:

A resistência à insulina foi prevalente nos adolescentes avaliados e se associou significativamente com variáveis metabólicas e com o consumo alimentar de gordura do tipo saturada.

Palavras-chave:
Resistência à insulina; Sobrepeso; Consumo alimentar; Adolescente

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