RESUMO
Objetivo:
Analisar os fatores sociodemográficos e do estilo de vida associados ao excesso de peso (EP), à obesidade abdominal (OA) e à presença simultânea de EP e OA em adolescentes do Sul do Brasil.
Métodos:
Estudo transversal de base escolar realizado com 583 adolescentes (11 a 17 anos) da cidade de Criciúma, Santa Catarina. O EP foi avaliado pelo índice de massa corpórea (IMC) e a OA, mediante perímetro da cintura (PC). As variáveis independentes analisadas foram sexo, idade, escolaridade materna, dieta balanceada, atividade física, uso de cigarro, uso de álcool em excesso e tempo de tela. Utilizou-se regressão logística binária para estimar as razões de chances (RC) e intervalos de confiança de 95% (IC95%).
Resultados:
Os meninos tiveram 58% de chances a mais de terem EP (RC 1,58; IC95% 1,08-2,29; p<0,05). Menor faixa etária (11 a 14 anos) foi diretamente associada a maiores chances de EP (RC 6,07; IC95% 4,05-9,11; p<0,05). Adolescentes cujas mães tinham maior escolaridade apresentaram 75% de chances a mais de terem OA (RC 1,75; IC95% 1,01-3,00; p<0,05). Maiores chances para a simultaneidade EP e OA (RC 1,84; IC95% 1,01-3,34; p<0,05) foram identificadas nos adolescentes de menor faixa etária (11 a 14 anos).
Conclusões:
Meninos e menor faixa etária (11 a 14 anos) estiveram associados a maiores chances para EP. Os adolescentes cujas mães estudaram nove anos ou mais apresentaram maiores chances de terem OA. Menor faixa etária (11 a 14 anos) esteve associada a maiores chances para a presença simultânea de EP e OA.
Palavras-chave:
Epidemiologia; Saúde do adolescente; Fatores de risco; Saúde pública; Estudos transversais