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ANOS REBELDES E A ABERTURA DA TELEFICÇÃO1 1 Este artigo resulta de pesquisa realizada junto ao PPGS-USP e contou com apoio da Fapesp. Apresentei versões em 2018 na mesa “A despedida do Ministério da Cultura e artistas em pé de guerra (1989-1990)” do Pequeno Ciclo História da Política Cultural no Brasil (1980-1993), organizado pelo CPF (Sesc-SP), e na quarta sessão do III Seminário Internacional de Sociologia da Cultura (USP). Agradeço nas pessoas de Fábio Marelonka Ferron e de João Victor Kosicki, respectivamente, os comentários suscitados nessas ocasiões. Sou especialmente grato a Luiz Carlos Jackson, que leu, comentou e fez sugestões fundamentais.

ANOS REBELDES AND THE OPENING OF THE TV SERIAL DRAMA

Resumo

O artigo aborda Anos rebeldes, minissérie da Rede Globo de Televisão veiculada entre junho e agosto de 1992. Primeira incursão explícita da teleficção da emissora pelo tema regime militar, a exibição do programa coincide com um momento decisivo no processo de democratização política do país: a campanha Fora Collor. A análise delineia telegraficamente as condicionantes gerais, as circunstâncias de produção e o enredo da minissérie, enfatizando uma vertente de suas tramas. O objetivo é examinar diferentes figurações da indústria cultural na teleficção brasileira com rebatimentos reflexivos sobre a própria atitude dos estudos em relação ao objeto. Longe dos juízos depreciativos acerca do “des-valor inerente” aos bens simbólicos associados ao polo ampliado de produção cultural, o argumento sustentado aqui é o de que tais objetos sempre desempenham funções práticas, econômicas, sociais, políticas e culturais insuspeitadas que justificam o esforço de uma análise sociológica.

Palavras-chave:
televisão; teleficção; minissérie; figura

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