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Gilberto Freyre e a valorização da província

O artigo apresenta as diferentes leituras da obra de Gilberto Freyre dos anos 1930 até os dias atuais. Mostra a importância de suas experiências como viajante para a adoção de uma perspectiva endógena e exógena de olhar as cidades. Reforça o impacto de seu retorno a Pernambuco nos anos 1920 quando o autor se defronta com processo de urbanização que ameaçava descaracterizar o velho Recife. Sua visão patrimonialista ganha concretude na organização do Livro do Nordeste (1925), comemorativo dos 100 anos do jornal "Diário de Pernambuco", onde Manuel Bandeira publica "Evocação do Recife". Freyre e Bandeira, amigos próximos, companheiros de jornada, pode-se dizer revezam-se escrevendo guias e poemas sobre cidades. Por fim, o artigo retoma os conceitos de "modernismo regionalista" ou "provincialização modernista" para identificar em Gilberto Freyre um "outro" modernismo, distinto daqueles que se desdobram do modernismo paulista.

Invenção do Nordeste; Viagens em Gilberto Freyre; Guia de Cidades; Regionalismo; Um "Outro" Modernismo


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