Acessibilidade / Reportar erro

Spinoza e o direito de resistência

Spinoza and the right of resistance

Resumos

Este trabalho tem o objetivo de analisar o conceito de direito de resistência formulado por Spinoza. Para atingir tal objetivo, desenvolve-se, de início, neste trabalho análise sobre as circunstâncias teóricas e históricas em meio às quais Spinoza construiu seu conceito de direito de resistência. Em seguida, realiza-se investigação sobre determinadas categorias do pensamento político-jurídico spinozano pertinentes ao conceito de direito de resistência, como as noções de direito natural, a relação entre obediência política e resistência e os modos de expressão política e institucional do direito de resistência propostos por Spinoza.

Spinoza; Direito de Resistência; Direito Natural


This work aims at the analysis of the Spinoza's concept of right of resistance. At the beginning of this work is developed an investigation about the historic and theoretical circumstances that influenced the Spinoza's reflections about the right of resistance. After this investigation, some spinozian political and juridical categories related to the right of resistance concept are analysed, such as: the idea of natural right, the relation between political obedience and resistance and the political and institutional mechanisms of right of resistance proposed by Spinoza.

Spinoza; Right of Resistance; Natural Right


  • BALIBAR, Étienne. Spinoza et la politique Paris: PUF, 1990.
  • ______. Spinoza, l'anti Orwell in La crainte des masses Paris: Galilée, 1997.
  • BOBBIO, Norberto. Locke e o direito natural 3. ed. Brasília: DF, UnB, 1997.
  • ______. Estado, governo, sociedade: para uma teoria geral da política. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
  • ______. A resistência à opressão, hoje. In: A era dos direitos 10. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
  • LA BOÉTIE, Étienne. Discurso da servidão voluntária São Paulo: Brasiliense, 1987.
  • BOVE, Laurent. La stratégie du conatus: affirmation et résistance chez Spinoza. Paris: Vrin, 1996.
  • ______. Espinosa e a psicologia social São Paulo; Belo Horizonte: Nupsi-USP; Autêntica, 2010.
  • ______. Direito de Guerra e Direito Comum na Política Spinozista. Revista Conatus, [on-line], v. 2, n. 4, 2008. Disponível em; < http://www.benedictusdespinoza.pro.br/index.html>. Acesso em: 25 nov. 2014.
  • BOVE, Laurent; MOREAU, Pierre-François. Le Traité Politique, une radicalisation conceptuelle? In: JAQUET, Chantal; SÉVÉRAC, Pascal; SUHAMY, Ariel. (Org.) La multitude libre. Paris: Éditions Amsterdam, 2009. p. 27-44.
  • CAMPOS, André Santos. Jus sive potentia, Direito natural e individuação em Spinoza Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2010.
  • CARVALHO, Frank Viana de. O pensamento político monarcômaco Tese de Doutoramento: FFLCH USP, 2007.
  • CHAUI, Marilena. Política em Spinoza São Paulo: Companhia das Letras, 2003.
  • ______. Da realidade sem mistérios ao mistério do mundo São Paulo: Brasiliense, 1999.
  • GOYARD-FABRE, S. Os fundamentos da ordem jurídica São Paulo: Martins Fontes, 2002.
  • HUME, David. Tratado da Natureza Humana São Paulo: Unesp; Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2001.
  • LA BOÉTIE, Étienne de. Discurso sobre a servidão voluntária São Paulo: Revista dos Tribunais, 2003.
  • MAQUIAVEL, Nicolau. Discurso sobre a primeira década de Tito Lívio São Paulo: Martins Fontes, 2007.
  • MATHERON, Alexandre. Spinoza et la problématique juridique de Grotius. In: Études sur Spinoza et les philosophies de l'âge classique Paris: ENS Éditions, 2011.
  • NEGRI, Antonio. A anomalia selvagem: poder e potência em Spinoza. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.
  • REALE, Miguel. Filosofia do direito 18. ed. São Paulo: Saraiva, 1998.
  • ROCHA, M.; GUIMARAENS, F. Spinoza, as Luzes Radicais e o fim do finalismo: considerações sobre os impactos éticos e jurídico-políticos da filosofia spinozana. In: RIBEIRO FERREIRA, M. L.; AURÉLIO, D. P.; FERON, O. (Org.). Spinoza Ser e Agir Lisboa: Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa, 2011.
  • ROQUE, Tatiana. Resistir a quê? Ou melhor, resistir o quê? Revista Lugar Comum: Estudos de Mídia, Cultura e Democracia, Rio de Janeiro, v. 17, setembro-abril, 2002.
  • SKINNER, Quentin. Fundações do pensamento político moderno São Paulo: Companhia das Letras, 1996.
  • SPINOZA. Traité Politique. Texto em latim estabelecido por Omero Proietti. Tradução, apresentação, notas, glossário, index e bibliografia por Charles Ramond. Prefácio de Pierre-François Moreau e notas de Alexandre Matheron. PUF, 2005.
  • ______. Tratado Político Tradução, introdução e notas por Diogo Pires Aurélio; revisão da tradução por Homero Santiago. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.
  • ______. Traité Téologique-Politique Texto em latim estabelecido por Fokke Akkerman, trad. e notas por Jacqueline Lagrée e P. F. Moreau. PUF, 1999.
  • ______. Tratado Teológico-Político. Tradução, introdução e notas por Diogo Pires Aurélio. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
  • ______. Ética Tradução e notas de Tomaz Tadeu. Ed. bilíngüe Latim/Português. B. Horizonte: Autêntica, 2007.
  • ______. Carta L Tradução e notas de M. Chauí. Volume Baruch de Espinosa da coleção Os Pensadores São Paulo, 1973.
  • ZOURABICHVILI, François. L'énigme de la multitude libre. In: JAQUET, Chantal; SÉVÉRAC, Pascal; SUHAMY, Ariel. (Org.). La multitude libre Paris: Éditions Amsterdam, 2009.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    29 Jan 2015
  • Data do Fascículo
    Dez 2014

Histórico

  • Aceito
    09 Out 2014
  • Recebido
    05 Ago 2014
  • Revisado
    02 Out 2014
Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Federal de Santa Catarina Centro de Ciências Jurídicas, Sala 216, 2º andar, Campus Universitário Trindade, CEP: 88036-970, Tel.: (48) 3233-0390 Ramal 209 - Florianópolis - SC - Brazil
E-mail: sequencia@funjab.ufsc.br