A mancha de ramulária causada por Ramularia areola é uma das mais importantes doenças para a cultura do algodoeiro no Brasil. Para o controle efetivo da doença, são necessárias 5-9 aplicações de fungicidas em cultivares suscetíveis. O objetivo do presente trabalho foi avaliar, in vitro e in vivo, o potencial de esporulação de isolados de R. areola, originários de diferentes regiões do Brasil, sob diferentes regimes de temperaturas. A produção de esporos foi avaliada em laboratório e em folhas de plantas de oito cultivares de algodoeiro em condições de casa-de-vegetação. Os resultados obtidos in vitro indicaram que o potencial de produção de esporos foi dependente da temperatura. A máxima esporulação do fungo ocorreu com 17ºC para isolados originários do Estado de São Paulo e 23ºC para isolados de Goiás e Mato Grosso. No estudo in vivo, houve variação na esporulação em função da cultivar e do isolado. A maioria dos isolados apresentou alta agressividade na cultivar FM 966 LL e DELTAOPAL. Com os resultados obtidos, é possível indicar uso mais racional de fungicidas, cultivares que apresentaram menor esporulação do fungo, além de formar base para novos estudos com relação à variabilidade desse fungo em algodoeiro no Brasil. Esse é o primeiro relato sobre o potencial de esporulação de isolados brasileiros de R. areola.
Mancha de ramulária; Gossypium hirsutum
