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Alterações celulares correlacionadas com a resistência induzida pela proteína Harpin em maçã contra o mofo azul

A proteína harpin está envolvida com a patogênese de Erwinia amylovora em maçã. Utilizou-se microscopia para estudar alterações celulares induzidas pela harpin que sejam correlacionadas com a resistência de maçã contra Penicillium expansum. Microscopia de varredura da superfície de ferimentos inoculados mostrou que o fungo iniciou colonização dos ferimentos 48 h após a inoculação e que profusa colonização dos tecidos ocorreu dentro de 72 h nos controles. Nos frutos tratados com harpin, germinação de esporos e colonização dos ferimentos foram evidentes em 96 h. Somente após este tempo foi possível observar invasão dos tecidos pelas hifas que foram bloqueadas pela deposição de materiais amorfos no sítio de penetração. A microscopia de luz mostrou que nos controles crescimento micelial ocorreu dentro das paredes celulares em 72 h e que intensa colonização dos tecidos ocorreu em 96 h. Nos frutos tratados a germinação de esporos e a colonização de ferimentos ocorreu 144 h após a inoculação. Numerosos vacúolos de tanino e deposições de material de parede foram observados nas células da epiderme e da hipoderme de amostras tratadas, mas poucos foram encontrados nas amostras dos frutos controle. Exames feitos com microscopia de transmissão mostraram que o crescimento do fungo dentro das paredes ocorreu freqüentemente nos controles, mas em frutos tratados as deposições na parede ocorreram muito freqüentemente e, em alguns casos, bloquearam o avanço do patógeno. Os resultados sugerem que esta proteína pode ativar ou intensificar respostas celulares de resistência em maçãs.

Penicillium expansum; Malus domestica; Red Delicious; controle alternativo


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