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Síndrome de burnout e fatores associados em profissionais da saúde de um hospital público

OBJETIVO: Verificar a prevalência das dimensões da síndrome de burnout e sua relação com variáveis sociodemográficas, laborais, psicossociais, de satisfação com o trabalho, de resistência ao estresse, de autoeficácia e também com transtornos mentais comuns em profissionais de saúde de um hospital público. MÉTODO: Este estudo transversal avaliou 234 profissionais da saúde de um hospital público na Região Sul do Brasil. Os participantes responderam ao Maslach Burnout Inventory, ao Questionário de Satisfação no Trabalho, à Escala de Personalidade Resistente ao Estresse, à Escala de Autoeficácia Geral Percebida, ao Self-Reporting Questionnaire e a um questionário desenvolvido especificamente para este estudo para coletar dados sociodemográficos e laborais. Os dados foram submetidos a análise descritiva e inferencial. RESULTADOS: Foi identificada uma associação entre as três dimensões da síndrome de burnout e variáveis sociodemográficas, laborais, psicossociais, traços de personalidade resistente ao estresse e transtornos mentais comuns. CONCLUSÕES: O estudo permitiu estabelecer um perfil de risco para síndrome de burnout, a saber, trabalhadores do sexo masculino, jovens, em processo de formação (graduação), com menor remuneração, que atendem um maior número de pacientes por dia, médicos, profissionais concursados, ausência de comprometimento, controle e desafio (traços de personalidade resistente ao estresse), menor autoeficácia, insatisfação com o trabalho, presença de transtornos mentais comuns e desejo de abandonar a profissão, a instituição ou seu cargo na instituição atual.

Estresse psicológico; profissionais da saúde; saúde ocupacional


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