No presente trabalho, foi apresentado um caso de meningite por bactéria do gênero Aerobacter, em recém-nascido com quatro dias de vida. Foi difícil o diagnóstico baseado ùnicamente em dados clínicos, em virtude da precariedade sintomatológica. A punção lombar, no entanto, forneceu liqüido purulento. Com a terapêutica instituída — estreptomicina por via intramuscular, raqueana e ventricular, associada à sulfadiazina — a moléstia protelou-se por 17 dias, surgindo, como intercorrência, uma pioventriculite por bloqueio ventrículo-lombar e morte subseqüente a grande dilatação ventricular. Apesar de não ter sido obtida a cura clínica, a associação medicamentosa demonstrou interferir no curso da doença. O seu efeito benéfico comprovou-se pela prolongada evolução clínica, pela negativação dos exames bacteriológicos, e pela grande melhoria do líqüido lombar septado. À necrópsia, os exames histopatológico e bacterioscópico do pus retirado do ventrículo vieram confirmar objetivamente que o processo evoluiu para a cronicidade.