O envolvimento do sistema nervoso central na paracoccidioidomicose tem sido raramente descrito na literatura e sua frequência varia de 9,99% a 27,27%, manifestando-se basicamente sob duas formas clínicas: meníngea e pseudotumoral (abscessos, granulomas, nódulos ou cistos). O Paracoccidioides brasiliensis incide principalmente nos hemisférios cerebrais, podendo acometer ainda cerebelo, ponte, bulbo, meninges cerebrais e raquidianas, sendo excepcional o comprometimento do parênquima medular. Os autores apresentam o caso de um paciente com paracoccidioidomicose com evidências clínicas de comprometimento medular, comprovada por exames complementares indiretos pouco invasivos. Destacam a resposta terapêutica inédita a novo agente antifúngico bistriazólico, o fluconazol, pela primeira vez utilizado nesta forma de apresentação clínica da doença. Salientam a rariedade do comprometimento medular, o diagnóstico através de propedêutica não cirúrgica e a excelente resposta a este novo tratamento.
paracoccidioidomicose; medula espinhal; fluconazol