O objetivo deste artigo é discutir, a partir dos resultados de quatro pesquisas realizadas ao longo desta década, na Bahia, a família multigeracional contemporânea em dois dos seus segmentos geracionais básicos: os muito idosos, que crescentemente atingem a condição de centenários, e a geração-pivô, constituída por seus filhos, também idosos, que, além de se constituírem em seus cuidadores, também apoiam os seus próprios filhos e netos. Para isso será necessário abordar a questão da duplicidade dos papéis geracionais como obrigatoriamente de gênero, contemplando, ao mesmo tempo, mudanças: o processo de ressocialização desses "idosos jovens", os quais, participando de novas experiências, como lazer em grupo ou retorno ao mercado de trabalho, tentam novas atuações sociais.
Gerações; Socialização; Relações de gênero