RESUMO:
A partir da problematização do conceito de socialização política, e tendo em vista as novas posições sociais das crianças como sujeitos de fala e de direitos, o objetivo deste artigo consistiu em discutir a emergência do político nas relações intergeracionais como espaços situados nas disputas geracionais decorrentes do crescente mal-estar contido nas relações de transmissão educacional. Foi proposta a noção de subjetivação pública como aquela que pode dar conta do processo de crescente visibilização das disputas e das demandas geracionais no contexto escolar. No atual cenário brasileiro, esse processo descortina a formação de um campo de antagonismos em torno da educação pública, ao revelar outros pontos de enunciação sobre a experiência escolar e anunciar a politização das relações intergeracionais.
Palavras-chave:
Crianças; Subjetivação pública; Escola; Politização intergeracional