Aspectos da história de vida de Bryconamericus microcephalus (Miranda Ribeiro, 1908) do córrego Andorinha (23º11'12"S, 44º12'02"W) foram analisados pela descrição da estrutura de tamanho, relação peso-comprimento e estratégia reprodutiva. Os exemplares estudados foram obtidos bimestralmente, por redes de espera e "picarés" (malhas entre 0,5 e 1,0 cm) entre novembro de 1999 e setembro de 2003. A estrutura de tamanho indicou que as fêmeas alcançaram maiores tamanhos que os machos e que ocorreram maior número de fêmeas nas classes de tamanho superiores a 5,3 cm. A relação peso-comprimento mostrou-se significativamente diferente entre os sexos e indicou que, para uma mesma classe de tamanho, as fêmeas foram mais pesadas que os machos. A proporção sexual foi de 2,2:1 (fêmea:macho). O tamanho médio da primeira maturação foi 4,2 cm sem diferenças entre os sexos. Foram registrados exemplares reprodutivos entre julho e fevereiro, com pico de reprodução entre setembro e dezembro, sem diferenças no padrão reprodutivo de exemplares de duas classes de tamanho. Os valores médios do Índice Gonadossomático de fêmeas maduras indicou que o investimento reprodutivo foi superior entre os exemplares de maior tamanho. A fecundidade variou de 1025 a 408 ovócitos para fêmeas de 7,0 cm e 5,4 cm, respectivamente. A relação entre o Pt e o número de ovócitos/g de Pt foi positiva indicando que espécimes maiores têm fecundidade mais elevada.
Estratégia reprodutiva; dimorfismo sexual; peixes; sazonalidade