A morte violenta de jovens provoca mudanças no cotidiano das famílias e nas comunidades, particularmente nos modos de organização dos sobreviventes. Este estudo buscou investigar as transformações nos sentimentos, nas relações sociais e na rede social de apoio de oito famílias que perderam jovens vitimados por homicídio no Distrito Federal. Participaram da pesquisa mães e irmãos destes jovens, que responderam a um questionário de caracterização do sistema familiar e a uma entrevista semiestruturada. Os relatos, submetidos à análise qualitativa, apontaram sentimentos de desespero, dor, culpa, revolta e medo. O episódio alterou o funcionamento familiar, provocando desorganização nas relações conjugais e parentais. Os resultados indicam a necessidade de fortalecer a rede social dessas famílias e de investir em políticas públicas.
família; violência; homicídio juvenil; luto; rede social de apoio