A violência no Rio, ao contrário do que se é levado a crer pela sua reelaboração mítica, não é produzida primordialmente pela pobreza e pela exclusão. O déficit do Estado é uma causa muito mais importante do fenômeno nos anos 80. E há certas formas de violência juvenil no Rio - o "surfe ferroviário", o "arrastão" - que devem ser entendidas em termos de uma modernização por baixo da sociedade brasileira.