O presente trabalho investiga os modos de subjetivação em um núcleo de abrigos residenciais de proteção à infância e adolescência do Estado do Rio Grande do Sul, buscando perceber as possibilidades de atuação da psicologia que propiciem a expansão da vida dos abrigados de modo singular e criativo. A cartografia foi utilizada como método de investigação, e assim traçou-se um mapa que contempla as instâncias individuais, coletivas e institucionais envolvidas na constituição desse território. Encontramos atravessamentos da lógica disciplinar que tende a produzir sujeitos massificados junto à exacerbação dos fenômenos contemporâneos de enfraquecimento de laços, enfraquecimento da função simbólica e enfraquecimento da reflexão tanto individual quanto coletiva, acompanhados de manifestações de violência. Perante essa realidade, as práticas de grupo mostraram-se uma estratégia potente por possibilitarem aos sujeitos a expressão coletiva de suas questões como uma alternativa a soluções individualizantes.
crianças; adolescentes; abrigo; grupos