O presente trabalho aborda a epidemia da Aids sob a perspectiva não somente de seu impacto biológico, como também social, tendo como principal foco as crianças infectadas pelo vírus HIV. Para tanto, contextualiza o percurso da epidemia, abordando a mudança de seu quadro no panorama mundial até chegar à infância. A partir de uma perspectiva histórica, analisa o conceito de infância e se atém principalmente aos aspectos psicossociais peculiares a essa infância "produzida" a partir do surgimento da epidemia. Baseada principalmente na teoria de Michel Foucault, aliada a aspectos específicos sobre Aids, procura identificar os discursos que envolvem essa infância, acreditando que estes têm poder de determinar lugares, mas também de realizar mudanças em nossa sociedade.
HIV/AIDS; infância; discurso; poder