Neste artigo, elegemos como eixo de discussão a comunicação na escola, em particular a que, aparentemente, não estaria em situação de trabalho - as interações realizadas na sala de professores, onde os profissionais se encontram nos intervalos. A partir do funcionamento do quadro-mural, o que se busca polemizar são as relações entre os profissionais e os sentidos do trabalho. A perspectiva é a de colocar em análise os dispositivos de comunicação, atentando para os efeitos produzidos em um regime de verdade que autoriza uma maneira de trabalhar docente que fortalece a exclusão de alunos e profissionais na sua capacidade de gestão das práticas. Iniciamos por situar o leitor na problemática e no referencial adotado, passando à polemização dos conceitos de trabalho, saúde e produção de conhecimento e trazendo o quadro-mural como analisador dos processos. Por fim, evidenciamos as derivas e outros possíveis na formação.
comunicação escolar; trabalho docente; pesquisa-intervenção