OBJETIVO:
Analisar a prevalência de baixo peso corporal/magreza, sobrepeso e obesidade em amostra representativa de crianças e adolescentes de uma região brasileira de baixo desenvolvimento econômico.
MÉTODOS:
Amostra constituída por 982 moças e 986 rapazes, de sete a 17 anos, assistidos pelo núcleo do Programa Segundo Tempo de Montes Claros, Minas Gerais. Definiram-se baixo peso corporal/magreza, sobrepeso e obesidade pelo índice de massa corpórea, adotando-se os pontos de corte recomendados pela International Obesity Task Force. Compararam-se as prevalências de sexo e idade pelo teste do qui-quadrado.
RESULTADOS:
Nas moças, as prevalências de baixo peso corporal/magreza, sobrepeso e obesidade foram de 4,1, 18,4 e 3,8%, respectivamente; nos rapazes, foram de 6,3, 13,2 e 2,9%. Nas moças, o índice de baixo peso corporal/magreza aumentou de 2,7 para 5,5% para as faixas etárias de 7-10 e de 15-17 anos, respectivamente; já o excesso de peso corporal (sobrepeso e obesidade) diminuiu de 30,1 para 16,2%, respectivamente para essas faixas etárias. Nos rapazes, as tendências correspondentes foram de 3,2 para 9,4% para o baixo peso corporal/magreza, e de 23,4 para 9,2% para o excesso de peso corporal.
CONCLUSÕES:
Os dados apontam que, mesmo em uma região de baixo desenvolvimento econômico, o excesso de peso corporal foi o principal problema associado ao estado nutricional. A elevada prevalência de sobrepeso e obesidade alerta para a necessidade de políticas públicas direcionadas às práticas de alimentação saudável e de atividade física.
antropometria; índice de massa corporal; estado nutricional; criança; adolescente