OBJETIVO:
Avaliar o consumo alimentar e o estado nutricional das crianças das comunidades quilombolas de Alagoas.
MÉTODOS:
Estudo transversal envolvendo 724 crianças (12 a 60 meses) das 39 comunidades quilombolas de Alagoas. A condição nutricional foi investigada por meio de indicadores antropométricos, bioquímico (hemoglobina) e de consumo alimentar.
RESULTADOS:
As prevalências de anemia, de déficit estatural e de obesidade foram, respectivamente, 48,0, 9,7 e 6,0%. As crianças tinham um padrão alimentar monótono e uma considerável prevalência de inadequação na ingestão de zinco (17,0%), folato (18,1%), ferro (20,2%) e vitaminas A (29,7%) e C (34,3%). Quanto às demais classes, as crianças da classe E apresentaram menores médias de consumo (p<0,05) para energia, carboidrato, vitaminas A e C, folato, ferro, zinco e fósforo.
CONCLUSÕES:
A anemia é um grave problema de Saúde Pública. As prevalências de desnutrição crônica e de obesidade se assemelharam às observadas para as crianças do estado como um todo, no qual ocorre o processo de transição nutricional. Houve alta prevalência de risco de inadequação alimentar para zinco, folato, ferro e vitaminas A e C, sendo necessárias ações de educação nutricional.
consumo de alimentos; estado nutricional; pré-escolar