Objetivo:
Analisar os efeitos do exercício aeróbio e resistido por 12 semanas na composição corporal de adolescentes com síndrome de Down.
Métodos:
Estudo quase experimental com 41 adolescentes com síndrome de Down, com idades de 15,7±2,7 anos, divididos em três grupos: Grupo Treinamento Aeróbio (GTA; n=16), Grupo Treinamento Resistido (GTR; n=15) e Grupo Controle (GC; n=10). Realizaram-se dois tipos de treinamento: o aeróbio, com intensidade de 50 a 70% da frequência cardíaca de reserva 3 vezes/semana, e o resistido, com intensidade de 12 repetições máximas 2 vezes/semana. Ambos os treinamentos foram realizados por 12 semanas. A avaliação da porcentagem de gordura foi realizada por pletismografia com o equimento Bod Pod(r). Mensuraram-se ainda as variáveis antropométricas de circunferência abdominal (CA), massa corporal e estatura. Aplicou-se o teste t pareado para a comparação das variáveis analisadas antes e após o treinamento.
Resultados:
A porcentagem de gordura corporal não se alterou nos grupos que participaram do treinamento; entretanto, o GC apresentou aumento significativo dessa variável (31,3±7,2 versus 34,0±7,9). Por outro lado, a CA e o índice de massa corpórea (IMC) reduziram-se de forma significante para o GTA (IMC: 27,0±4,4 e 26,5±4,2; CA: 87,3±11,1 e 86,2±9,7), enquanto que o GTR e o GC não apresentaram diferenças nessas variáveis.
Conclusões:
Os programas de treinamento aeróbio e resistido mantiveram os níveis de gordura corporal e o GTA reduziu de forma significativa as medidas de IMC e de CA. Os indivíduos que não participaram do treinamento tiveram sua porcentagem de gordura aumentada.
síndrome de Down; composição corporal; exercício; adolescente