O presente artigo examina criticamente a proposta de modernização da universidade brasileira. Ponto de partida é a analise do termo “improdutivos”, aplicado como alcunha desqualificadora àqueles que defendem a democratização da universidade, fato que anula a possibilidade do debate. Faz-se a distinção entre dois modelos de modernização: um aplicável às universidades ligadas às oligarquias locais (norte e nordeste) e outro aplicável às grandes universidades do sul do país. A análise do primeiro modelo sugere que a proposta de transformação de universidades federais em unidades de ensino técnico-profissional acaba por alinhá-las ainda mais às oligarquias locais. A análise do segundo modelo, mais sofisticado, sugere que a proposta modernizadora seria uma tentativa de adaptar a universidade às exigências atuais da racionalidade capitalista.
Universidade: modernização; democratização; produtividade; humanidades; racionalidade; capitalismo