Este artigo procura analisar os efeitos perversos da apropriação pela esquerda de um tema definidor das tradições de direita, a saber, a diferença. Com base no caso Sears (EUA) e no caso Le Pen (França), o autor aponta para as armadilhas racistas e sexistas presentes nos discursos que focalizam e enfatizam a diferença, sobretudo num período histórico de reemergência dos conservadorismos que, por sua vez, se apropriam do argumento da diferença, dirigindo-o contra os próprios movimentos de esquerda.
diferença; identidade; igualdade; desigualdade; direita; esquerda; novos movimentos sociais; minorias; feminismo; sexismo; chauvinismo; racismo; heterofobia; direito à diferença; efeitos perversos