O presente artigo procura desenvolver uma linha de interpretação que pretende reconstruir os acontecimentos de 68 e seus desdobramentos no Brasil, problematizando a questão da memória e do esquecimento. Estes acontecimentos, marcados por representações de vida e morte são explorados em dois registros: o de um passado que não se torna passado, dada a dificuldade de sua simbolização - no limite a experiência do terror como expressiva desta dificuldade de nomear a experiência; o da interdição mesma do passado - a anistia proposta a partir da restrição da investigação do passado e a prática de "normalização" da sociedade e da política no processo de transição.
Brasil; 1968: memória; esquecimento; terror; transição; anistia