A despeito do notável desenvolvimento da pesquisa universitária no Brasil dos anos recentes, a educação é muito pouco valorizada como objeto de pesquisa e de especialização temática pelos sociólogos brasileiros. A situação já foi diferente, tendo sido a Sociologia da Educação campo fecundo de produção de conhecimento nos anos 1950 e 60. O artigo procura pôr o problema dessa desvalorização, de forma a tentar explicá-la a partir das condições sociais de produção imediatamente universitárias, ligadas à organização interna do ensino e da pesquisa, à "nova" divisão social do trabalho acadêmico resultante da Reforma Universitária de 1968 patrocinada pelo regime militar, que criou as Faculdades de Educação. No decorrer da explanação, o autor enfatiza, como problema correlato, o diletantismo docente.
educação; Sociologia da Educação; Universidade; reforma universitária; pesquisa acadêmica; diletantismo docente