Resumo
O objetivo deste artigo é compreender como os novos mecanismos de administração do trabalho escravo elaborados nas fronteiras açucareiras e cafeeiras de Cuba e do Brasil do século XIX se relacionaram com uma nova visualidade da escravidão. O artigo argumenta que é possível identificar um feixe de novas estratégias mobilizadas para extrair mais trabalho dos escravos, nos cafezais e canaviais do Brasil e de Cuba, como resposta à reorganização da economia-mundo sob a égide do capitalismo industrial e aos novos padrões de resistência escrava. Essas estratégias podem ser concebidas como parte de um novo regime visual da escravidão negra nas Américas.
Palavras-chave:
Visualidade; Café; Açúcar; Brasil; Cuba