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Pesquisa e ação local: sobre bússola e outros instrumentos de viagem 1 1 O trabalho de pesquisa aqui retratado foi feito numa parceria entre Centro de Estudos em Administração Pública e Governo da Fundação Getúlio Vargas (CEAPG/FGV) e Universidade Federal do ABC (UFABC), com o professor e pesquisador Lucio Bittencourt, bem como dos pesquisadores Roberth Miniguine Tavanti da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Guilherme Vasconcelos do CEAPG/FGV, Murilo Silva e Bruna Moreira da UFABC. Pertencemos a um grupo de pesquisadores que se debruça sobre o tema das vulnerabilidades urbanas e da ação pública nas bordas do município de São Paulo (particularmente, M’Boi e Campo Limpo), em meio à região metropolitana de mesmo nome, nas fronteiras incertas com as demais municipalidades em seu entorno (Cotia, Embu das Artes, Itapecerica da Serra e Embu Guaçu). Nesta etapa de pesquisa, contamos com a colaboração das organizações da região, entre as quais A Banca e as três escolas estaduais, cujos nomes foram alterados por questões institucionais. Nossa perspectiva de investigação das vulnerabilidades e potencialidades enfrentadas pela juventude local elegeu os eixos das práticas culturais e socioeducativas como perspectivas privilegiadas de ação e investigação.

Recherche et action locale : sur le compas et d’autres instruments de voyage

Investigación y acción local: sobre brújula y otros instrumentos de viajen

Resumo

A partir de uma experiência de atuação numa região metropolitana afastada do centro da cidade de São Paulo, discutimos o método de pesquisa utilizado, pautado na proposta de pesquisa-ação. Em 2016, realizamos junto a duas escolas estaduais e uma organização voltada à educação e cultura, 33 oficinas e rodas de conversa com jovens, professores, gestores e agentes culturais. Como resultado, constatamos a fecundidade de ações pautadas pela escuta e reconhecimento de cada um como sujeito de direitos e capaz de posicionamento próprio. Para a formulação da estratégia de ações conjuntas, constatamos que os resultados dependem da construção de vínculos de parceria, de disponibilidade para escuta e da configuração de cada contexto social e institucional. Não sendo possível estabelecer um parâmetro único para todas as situações, a postura do pesquisador se torna a diretriz de seu percurso: sua ética é a bússola necessária para caminhar no mapa do território.

Palavras-chave:
método; pesquisa-ação; educação; cultura; ética

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