Estudo histórico-social, cujos objetivos foram descrever as circunstâncias da mobilização e da desmobilização das enfermeiras brasileiras que atuaram na Segunda Guerra Mundial, e discutir a eficácia simbólica da participação dessas enfermeiras no campo militar. Utilizou-se como fontes de dados os documentos escritos coletados em arquivos históricos civis e militares do Rio de Janeiro; entrevista realizada com uma enfermeira que atuou na Força Expedicionária Brasileira; além de uma fotografia pertencente ao Acervo da Força Expedicionária Brasileira. Os achados, classificados, contextualizados e analisados à luz da Teoria do Mundo Social de Pierre Bourdieu, evidenciaram que a participação de mulheres na guerra, na condição de enfermeiras militares, ao tempo em que representou a ocupação de um espaço homologado por mandatários do poder, também contribuiu para consagrar a inserção de mulheres em espaços públicos consagrados aos homens, ainda que na retaguarda.
Enfermagem; História da enfermagem; Enfermagem militar; Segunda Guerra Mundial