Este artigo foi extraído de um estudo desenvolvido com o objetivo de compreender e caracterizar a assistência pré-natal prestada à gestante no ambulatório de um hospital universitário (MARCON, 1990). Trata-se de um estudo qualitativo que adotou como linha metodológica básica a etnografia, mais especificamente a minietnografia, e como método de coleta de dados a observação-participante. Os resultados demonstraram que, ao se relacionarem com profissionais de saúde, as gestantes filtram informações ao mesmo tempo em que se apresentam como clientes não-participativas, uma vez que não questionam a assistência que lhes é prestada, mesmo quando esta não atende às suas expectativas. Além disso, apesar de as mulheres considerarem que a assistência prestada no serviço em estudo é melhor do que a prestada em outros serviços, ela não consegue, segundo as próprias gestantes, atender às suas expectativas e necessidades reais. De forma geral, elas gostariam de receber mais orientações e uma assistência menos impessoal. Os motivos que as levam a não gostar muito da assistência estão relacionados principalmente com a rotatividade dos alunos.
assistência pré-natal; hospital universitário; avaliação do serviço pela cliente