Objetivamos discutir o processo de construção da identidade profissional de enfermagem no marco da modernidade. Utilizamos como âncoras as categorias de gênero (Lobo, 1991) e pessoa moderna (Duarte, 1986). A modernidade como processo histórico situa a emergência do trabalho como categoria chave na relação público x privado. Entendendo a carreira como uma forma de construção e apresentação pública da pessoa moderna, discutimos o processo de construção da identidade profissional de enfermagem na relação com sua base feminina. Trabalhando a literatura etnográfica destes profissionais, vemos atualizado um imaginário que atribui à posição feminina da profissão grande parte de seus dilemas: crise de competência técnica, vocação e identidade.
enfermagem profissional; modernidade; gênero; pessoa; identidade profissional