Este estudo teve como objetivo desvelar a percepção de familiares de doadores cadáveres sobre o processo de doação de órgãos para transplante. Foi realizada uma pesquisa qualitativa, na vertente fenomenológica, segundo a modalidade "estrutura do fenômeno situado". As proposições que emergiram revelaram que, para os familiares de doadores cadáveres de órgãos, o processo de doação inicia-se com a internação do paciente e termina somente com o sepultamento do mesmo, sendo considerado burocrático, demorado, desgastante e cansativo. A situação vivenciada é sofrida e estressante, mas não há arrependimento quanto à doação dos órgãos, pois, embora a dor da perda não termine, a atitude da doação conforta e traz satisfação.
transplante de órgãos; família; percepção