Objetivo do estudo: conhecer a trajetória e a percepção da família acerca dos acontecimentos ligados à intervenção da justiça na violência cometida; quantificar e analisar os processos forenses no período de 2000 a 2005, caracterizando situações de violência na família e de revitimização. O referencial utilizado é o do contexto ecológico do desenvolvimento humano. A metodologia é quantiqualitativa. Os instrumentos são análise de processos, preenchimento dos mapas censitários, elaboração de genograma e ecomapa. A análise inspirou-se na hermenêutica dialética. Os resultados apontam 1.766 processos judiciais de infância e juventude, dos quais 8,21% são de violência na família. Emergiram três categorias empíricas Não tive que apresenta a infância na qual a negação é elemento construtivo de interações, perversamente engendradas nos universos econômico, político e institucional. Não ajuda e Não vira nada, expressam um Poder Judiciário com pouca capacidade de entender a sociedade e seus conflitos. Na rua traz cotidianos singulares de exclusão social.
família; violência doméstica; maus-tratos infantis; adolescente