Muitos anos de prática profissional em enfermagem, vivendo nas vizinhanças mais pobres de áreas distantes da região Amazônica brasileira levaram a autora a desenvolver uma melhor compreensão das populações marginalizadas. O cuidado às pessoas com lepra e trabalhadores do sexo de comunidades ribeirinhas tem sido realizado em condições de incerteza, insegurança, imprevisibilidade e violência institucional. A questão levantada é como podemos desenvolver práticas de enfermagem na saúde da comunidade neste contexto. A sistematização de experiências pessoais baseadas na educação popular é usada e analisada como uma maneira de conhecer e obter conhecimento científico através da análise crítica das práticas da área. Laços de solidariedade e pertencimento desenvolvidos em ações de grupos informais de ajuda mútua são caminhos promissores para pesquisa e desenvolvimento do conhecimento em promoção a saúde, prevenção e cuidado à comunidade e uma contribuição necessária para os programas de saúde pública nacional.
enfermagem de saúde comunitária; prática profissional; aprendizagem baseada em problemas; redes comunitárias; pobreza