Estudo qualitativo, exploratório-interpretativo, com o objetivo de conhecer as representações sociais sobre vigilância sanitária entre trabalhadores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA, no Rio Grande do Sul. Verificou-se que vigilância sanitária é representada pelos sujeitos como um processo que, apesar das contradições, vem sendo construído e vivenciado no cotidiano da profissão, com sinais de renovação das representações existentes. Assim, proteção à saúde adquire novo entendimento, distanciando-se dos limites da prevenção que tradicionalmente focaliza a doença, para voltar-se à noção de promoção. Também, a imagem de polícia sanitária desloca-se da punição para a educação sanitária, estabelecendo os elos entre os fazeres normativo e educativo. Além disso, o profissionalismo assenta-se em responsabilidade e conhecimento, e a desvalorização profissional ancora-se na idéia de exclusão. Os resultados propiciam análise dos elementos que podem estar causando permanências e influenciando os movimentos da prática cotidiana, podendo reverter em benefício da construção de um perfil profissional.
vigilância sanitária; regulação sanitária internacional; recursos humanos em saúde; políticas públicas em saúde