Trata-se de estudo qualitativo descritivo, norteado pela teoria das representações sociais. Objetivou-se descrever o conteúdo das representações sociais acerca da síndrome de imunodeficiência adquirida (AIDS) para os usuários soropositivos, em acompanhamento ambulatorial da rede pública de saúde, e analisar a interface das representações sociais da AIDS com o cotidiano dos indivíduos que vivem com o vírus da imunodeficiência humana (HIV), especialmente no processo de adesão ao tratamento. Realizaram-se entrevistas com 30 indivíduos soropositivos. Utilizou-se a técnica de análise de conteúdo manual. Da análise, emergiram seis categorias que retraduziram o cotidiano de soropositivos, permeados pelo estigma, preconceito, luta pela vida e a necessidade do uso contínuo de antirretrovirais. A AIDS foi assimilada a doenças crônicas como diabetes, evidenciando tendência para transformação da representação social da AIDS, substituindo a ideia de morte, por vida. Conclui-se que as pessoas que convivem com HIV estão mais otimistas devido aos tratamentos eficazes no controle da doença.
Representações sociais; HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Doença Crônica