OBJETIVO:
interpretar os significados da experiência da doença e do tratamento entre pessoas com hipertensão arterial.
MÉTODO:
foram adotados os referenciais da antropologia interpretativa e médica e do método etnográfico. Participaram 22 pessoas com hipertensão arterial e 10 trabalhadores em saúde da Estratégia de Saúde da Família, de Minas Gerais. Utilizaram-se entrevistas, observação participante, grupo focal, diário de campo e análise de prontuário. Os preceitos éticos foram respeitados.
RESULTADOS:
emergiram dois núcleos de significados: "a doença como expressão do estilo de vida" e "a perspectiva de cura da doença". Problema de nervoso representa a categoria nosológica, sintomática, causada pelo estilo de vida urbano. Os sujeitos apoiam-se na crença da cura do problema. A família, a espiritualidade e a religião constituíram redes de apoio social. Os itinerários terapêuticos se interpenetram para a cura do problema. O subsistema de saúde popular constitui importante itinerário por proporcionar satisfatório bem-estar e a remissão dos sintomas.
CONCLUSÃO:
as lacunas evidenciadas entre o ponto de vista dos profissionais de saúde e dos depoentes propiciam repensar a práxis para prover cuidados integrados, contextualizados e humanizados, o que estimula a potência das pessoas para o viver, para o empoderamento e para o autocuidado.
Hipertensão; Cultura; Enfermagem; Antropologia Médica; Cooperação do paciente