OBJETIVO:
interpretar os significados atribuídos por pacientes portadores de diabetes mellitus tipo 2 a grupos de educação em saúde.
MÉTODO:
estudo etnográfico em cinco grupos Hiperdia de um centro de saúde, com 26 informantes portadores de diabetes mellitus tipo 2 que participavam dos grupos há, no mínimo, três anos. Para coligir as informações, utilizaram-se observação participante, caracterização social, grupos de discussão e entrevistas semiestruturadas. Os dados foram analisados por meio da técnica de codificação temática.
RESULTADOS:
emergiram quatro categorias temáticas - facilidades de acesso ao serviço e profissionais de saúde, orientações sobre o diabetes, participação nos grupos e experiência com o diabetes e compartilhamento de saberes e experiências. O aspecto mais relevante deste estudo diz respeito aos usos sociais que os informantes conferiam aos grupos Hiperdia pesquisados.
CONCLUSÃO:
os grupos estudados mostraram-se como instâncias produtoras de sentidos e de significados, concernentes ao processo de adoecimento e aos modos de navegação social no interior do sistema oficial de saúde. Almeja-se que este estudo possa contribuir para as ações dos profissionais de saúde que atuam nesses grupos, tendo em vista a observação do universo cultural dos indivíduos que procuram por cuidado profissional, nos diversos serviços públicos de saúde.
Prática de Saúde Pública; Educação em Saúde; Processos Grupais; Diabetes Mellitus Tipo 2; Gerenciamento Clínico; Antropologia Médica