OBJETIVOS:
examinar os conhecimentos, crenças e a percepção da função profissional que têm os estudantes de enfermagem, sobre a violência contra as mulheres, nos relacionamentos íntimos.
MÉTODO:
estudo qualitativo, descritivo, seguindo o modelo ecológico, através de 16 grupos focais, realizado com 112 estudantes de quatro cursos de enfermagem, de quatro universidades espanholas.
RESULTADOS:
as categorias analíticas foram: conhecimento, função profissional e as crenças das ações do agressor sobre a vítima. Os estudantes desconhecem as características de abusos, diretrizes, protocolos, questões de triagem e de rastreamento, reivindicando diretrizes de intervenção específica. Não identificam sua própria função profissional, sendo delegada ou especializada. As crenças em relação a atuação com a vítima não são orientadas por padrões profissionais, percebendo a violência como uma situação específica e dissociando a prevenção dos cuidados em saúde. Eles percebem o agressor como um doente mental, justificando, assim, a tolerância ou delegação de ações.
CONCLUSÕES:
os alunos definem noções preconcebidas sobre violência do parceiro. Os discursos reproduzem mitos e reforçam valores estereotipados, indicando estudos insuficientes durante a formação em enfermagem, gerando a necessidade de reforçar as competências nos currículos em relação à violência do parceiro.
Violência Contra a Mulher; Conhecimentos, Atitudes e Prática em Saúde; Educação em Enfermagem