RESUMO
Objetivo:
comparar a taxa de retorno da circulação espontânea e óbito após parada cardiorrespiratória, com e sem a utilização do metrônomo durante ressuscitação cardiopulmonar.
Métodos:
estudo caso-controle aninhado a estudo de coorte, com 285 adultos atendidos em parada cardíaca em um serviço de emergência e submetidos à ressuscitação cardiopulmonar. Os dados foram coletados por meio do In-hospital Utstein Style. O grupo controle (n=60) foi selecionado pelo pareamento dos pacientes considerando-se o estado neurológico pré-parada cardiorrespiratória, causa imediata e ritmo inicial da parada, utilização de epinefrina e duração da ressuscitação. O grupo caso (n=51) foi submetido à ressuscitação cardiopulmonar convencional com a utilização do metrônomo a 110sons/min. Para comparar as taxas de retorno à circulação espontânea utilizou-se o teste Qui-quadrado e a Razão de Verossimilhança, considerando p≤0,05.
Resultados:
houve retorno da circulação espontânea em 57,7%, sendo que 92,8% destes pacientes evoluíram para óbito nas 24 horas seguintes. Não houve diferença significativa no retorno à circulação espontânea (p=0,2017) e na ocorrência de óbito (p=0,8112) entre os grupos.
Conclusão:
os desfechos dos pacientes pós-PCR com e sem a utilização do metrônomo durante a RCP foram semelhantes, não havendo diferença nas taxas de sobrevivência e RCE entre os grupos.
Descritores:
Ressuscitação Cardiopulmonar; Parada Cardíaca; Enfermagem em Emergência