RESUME
Objetivo:
as mulheres são mais propensas a dar à luz em um centro de saúde quando suas famílias estão de acordo com o local de nascimento. No entanto, nas áreas rurais da Tanzânia, as mulheres são muitas vezes marginalizadas do processo de decisão. Este estudo fez previsoes de intenção para o local do parto e fatores para reduzir as lacunas de percepção entre as mulheres grávidas, seus maridos e familiares identificados.
Método:
estudo transversal explicativo realizado em três aldeias no nordeste da Tanzânia. Os participantes foram 138 mulheres grávidas e suas famílias que responderam ao Questionário de Intenção sobre Parto (BIQ), medindo o conhecimento, atitude, percepcão de controle comportamental, normas subjetivas e intenção para lugar de parto. Análise descritivas, ANOVA, Qui-quadrado e regressão linear múltipla foram utilizados para analisar os dados.
Resultados:
o modelo de regressão mostrou que o conhecimento, percepcão de controle comportamental e normas subjetivas previram intenção de lugar de parto (R2 = 0,28). Enquanto 81% das mulheres grávidas pensavam que seus maridos eram os decisores para seu parto, apenas 38% dos maridos e 37% dos membros da família concordaram. As mulheres grávidas tiveram escores significativamente mais baixos sobre o item “Vou me preparar para o parto com a minha família”, em comparação com os maridos (p < 0,01) e outros membros da família (p < 0,001).
Conclusão:
Proporcionar preparação para o parto baseada em evidencias e a redução das lacunas de percepção identificadas podem melhorar a intenção das mulheres para dar à luz em unidades de saúde.
Descritores:
Instituições de Cuidados Especializados de Enfermagem; Parto Obstétrico; Tocologia