RESUMO
Objetivo:
mensurar a associação entre evolução clínica e qualidade e duração do sono em mulheres com câncer de mama.
Método:
estudo longitudinal, com 114 participantes, realizado em um hospital do Brasil. Os instrumentos utilizados foram: questionário para caracterização sociodemográfica e clínica, Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh; Inventário de Depressão de Beck e Escala de Esperança de Herth. Os dados foram analisados via análises descritivas e de sobrevivência (resultado: evolução clínica desfavorável), utilizando-se a curva de Kaplan-Meier, o teste log-rank e o modelo proporcional de Cox.
Resultados:
verificou-se maior probabilidade de evolução clínica desfavorável em mulheres com duração de sono inferior a seis ou mais de nove horas (p = 0,0173).
Conclusão:
os resultados sugerem a importância de mais estudos que buscam verificar se a gestão quantitativa dos distúrbios do sono teria um impacto sobre a evolução do câncer de mama. As mulheres devem ser encorajadas a relatar isso espontaneamente aos enfermeiros.
Descritores:
Sono; Neoplasias da Mama; Depressão; Enfermagem; Esperança