RESUMO
Objetivos:
mensurar e comparar a qualidade de vida de pacientes com bexiga neurogênica em uso do cateterismo urinário intermitente em processo de reabilitação, no Brasil e em Portugal.
Método:
estudo multicêntrico, Brasil e Portugal, quantitativo, transversal, observacional-analítico e correlacional. Foram utilizados dois instrumentos de coleta, um questionário de dados sociodemográficos e clínicos e World Health Organization Quality Life-bref. Foram inclusos pacientes maiores de 18 anos, com bexiga urinária neurogênica, e usuários do cateterismo urinário intermitente.
Resultados:
na amostra de pacientes brasileiros (n = 170) e portugueses (n = 52), respectivamente, a maioria era solteira (87-51,2%; 25-48,1%), com ensino fundamental (47-45,3%; 31-59,6%), aposentada (70-41,2%; 21-40,4%). A lesão medular foi a principal causa do uso do cateter urinário nos dois países. Os pacientes brasileiros apresentaram média de escores mais elevados de qualidade de vida no domínio psicológico (68,9) e menos elevados no domínio físico (58,9). Os pacientes portugueses apresentaram escores mais elevados no domínio psicológico (68,4) e menos no domínio ambiente (59,4). A realização do autocateterismo urinário intermitente foi significativa para os dois países.
Conclusões:
nos dois países, a qualidade de vida desses pacientes pode ser determinada pela melhora dos sintomas urinários, da independência, autoconfiança, relações sociais e acesso a atividades laborais.
Descritores:
Bexiga Urinária Neurogênica; Cateterismo Uretral Intermitente; Enfermagem; Paciente; Qualidade de Vida; Atividades Cotidianas